Páginas

Saudações tradicionalista!

O objetivo do nosso blogspot é expandir e dar informações sobre o tradicionalismo para todos aqueles que são jovens de coração e apaixonados pela nossa cultura. Por tanto, gostaríamos que tu, tradicionalista como nós, compartilhasse sua experiência conosco, mandando assuntos diversos sobre nossa cultura para o e-mail do departamento, que segue logo abaixo, e assim compartilhar pelo rio grande à fora. Grande abraço!

departamentojovem25rt@gmail.com

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

A BATALHA DO BARRO VERMELHO

Em 30 de abril de 1838 ocorreu uma das mais violentas batalhas da Revolução Farroupilha. A Batalha do Barro Vermelho, como ficou conhecida, se desenrolou na então vila de Rio Pardo, resultando em contundente vitória dos farrapos contra as forças imperiais. Em 17 de março os republicanos estavam acampados em Pederneiras, situada a pouco mais de 9 Km da vila. 

Os imperiais que contavam com 1.700 homens no total, sendo 500 a cavalo, aguardavam o ataque rebelde através da ponte sobre o Rio Pardo. O ataque, no entanto, ocorreu de outra forma. Após receberem reforços, os farroupilhas se embrenharam no mato, abrindo uma picada através de banhados e atoleiros. 

Depois, improvisaram uma ponte e atravessaram o Rio Pardo, acampando, em 27 de abril, no Rincão del Rey. Nesse local os comandados de David Canabarro surpreenderam as tropas legalistas de Andrade Neves que foi obrigado a recuar até a coxilha de Barro Vermelho. Ali havia [numa primeira linha] uma barreira defensiva dos imperiais constituída por uma trincheira com três peças de artilharia e vários regimentos dispostos nas cercanias.
Às 5 horas da madrugada do dia 30 de abril, 3.000 combatentes farrapos marcharam contra as defesas imperiais, e um grande entrevero de espadas, lanças, cavalos, tambores e clarins tomou conta da coxilha até o nascer do sol, quando os rebeldes conseguiram furar [pelo centro] o bloqueio legalista, estabelecendo o pânico entre as linhas inimigas. Cerca de 800 imperiais foram capturados, outros 370 lutaram até a morte, e os demais fugiram.
Os republicanos [que tiveram em torno de 200 baixas] conseguiram se apoderar de 8 peças de artilharia, mais de mil armas de infantaria, 8 mil cartuchos de munição e dinheiro. Os prejuízos [da ordem de 1.200 contos] infringidos também ao comércio da vila e às embarcações que [em desaviso] chegavam ao porto, em função das requisições de víveres, acabaram por decretar uma expressiva derrota das tropas do Império na Batalha do Barro Vermelho.

Hoje, na cidade de Rio Pardo, o local da batalha é denominado Praça 30 de Abril ou Praça da Cruz do Barro Vermelho, e tem uma cruz como monumento dedicado aos heróis e mártires da sangrenta epopeia. Souza Netto capturou a banda imperial e encomendou ao seu maestro, Joaquim José de Mendanha, a composição de um hino para os separatistas. O músico entregou o hino em cinco dias. A letra foi escrita pelo poeta Serafim de Alencastro, capitão das forças rebeldes, e a música mais tarde se tornou o hino do Rio Grande do Sul.







Nenhum comentário:

Postar um comentário