A batalha do Seival teve uma importância muito
maior pelo desfecho que acabou gerando do que de fato por ter sido uma vitória
tão expressiva e estrategicamente vantajosa, ela aconteceu próxima ao Arroio do
Seival, entre os beligerantes, a tropa imperial que era comandada por João da
Silva Tavares, vinha do Uruguai em direção a Rio Grande, e ao passar pelos
arredores de Bagé o comandante decidiu atacar a tropa farroupilha que era
comandada por Antônio de Souza Netto, e no dia 10 de setembro de 1836, ocorreu
à batalha do Seival, onde apesar dos caramurus contarem com um contingente de
560 soldados contra 430 soldados farroupilhas, os farroupilhas se superaram e
acabaram destroçando a tropa caramuru, que perdeu 180 soldados mortos, 60
feridos e 116 presos, e do lado farroupilha as baixas foram mínimas.
No dia seguinte, os soldados e alguns comandantes
republicanos que participaram da batalha como Joaquim Pedro Soares e Manoel
Lucas de Oliveira, inspirados pela grande vitória pressionavam o comandante da
tropa para que proclamassem a Republica, se desligando do Império brasileiro, e
o então Coronel Antônio de Souza Netto, mesmo sem comunicar seus superiores
como o líder Bento Gonçalves, no dia 11 de setembro de 1836, no Campo dos
Menezes, redigiu a Proclamação de Independência do Rio Grande conforme
descreveu Carlos Urbim (2008).
Bravos companheiros da Primeira Brigada de
Cavalaria! Ontem obtivestes o mais completo triunfo sobre os escravos da Corte
do Rio de Janeiro, a qual, invejosa das vantagens locais da nossa província,
faz derramar sem piedade o sangue dos nossos compatriotas para, deste modo
fazê-la presa das suas vistas ambiciosas. Camaradas! Nos a que compomos a
Primeira Brigada do exército liberal, devemos ser os primeiros a proclamar,
como proclamamos a independência desta Província, a qual fica desligada das
demais do Império, e forma um Estado Livre e independente, com o titulo de
Republica Rio-grandense, e cujo manifesto as nações civilizadas se fará
competentemente. Camaradas! Gritemos pela primeira vez: Viva a Republica
Rio-grandense! Viva a Independência! Viva o Exército republicano rio-grandense.
(URBIM. 2008. p. 72; 73).
E assim nascia a Republica Rio-grandense, que existiria para os farrapos
até a assinatura do acordo de paz em 1845, e por essa republica que os farrapos
passariam desde então a lutar, defendendo a sua própria bandeira, e buscando
não mais seus direitos com o Império do Brasil e sim o reconhecimento de seu
estado independente e desligado totalmente do Brasil.


Gostaria de saber se os pesquisadores do Blog teriam informações sobre o falecimento do Capitão do Estado Maior Joaquim Pedro D'almeida, da tropa Imperial.
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