Um artista
que marcou o RS
Deve-se reconhecer que é difícil resumir
sobre alguém com tamanha importância na nossa cultura, pois por mais que tentes
fazer o trabalho mais honesto e completo, buscando a real história, se sabe que
sempre haverá discordância sob um olhar crítico estudioso.
Sabe-se que João Simões Lopes Neto, foi um
escritor e empresário brasileiro, nascido em Pelotas no dia 9 de março de 1865,
no Rio Grande do Sul, faleceu em 14 de junho de 1916, vítima do rompimento de
uma úlcera duodenal, porém muitas pessoas, entre jovens e adultos, não sabem de
sua real importância na cultura do gaúcho. Em suas produções literárias, Simões
Neto valorizava a história do gaúcho e suas tradições.
O gaúcho artista era membro de família
tradicional, sendo descendente do visconde da Graça, seu pai era o Capitão Catão Bonifácio Simões Lopes e
sua mãe Teresa de Freitas Ramos, seus ancestrais eram portugueses. Aos 11 anos
de idade, após a morte de sua mãe, foi mandado morar com um parente e terminar
os estudos no Rio de Janeiro no Colégio Abílio. Em seu retorno para Pelotas, a
qual prosperava com sua economia baseada em mais de cinquenta charqueadas,
empreendeu diversos negócios, sendo eles uma fábrica de vidros, uma destilaria
e fábrica de produtos de tabaco (marca “Diabo”, que gerou protestos
religiosos). Implantou
ainda uma empresa para torrar e moer café e até uma mineradora de prata em
Santa Catarina. Neste meio
tempo casou-se com aos 27
anos, com Francisca Meirelles Leite.
Com sua criatividade e preocupação em educar
o povo, criou cartões postais, pois acreditava que os mesmos poderiam ajudar
nesta tarefa. Denominou de “Coleção Brasiliana”, porque nos postais continham
seus desenhos que retratavam a história da pátria. Porém, todo este trabalho
não obteve muito sucesso (reeditados no ano de 2006 pelo Instituto João Simões
Lopes Neto e pela Copesul, em comemoração ao centenário da primeira edição).
Foi respeitado e obteve sucesso após a
publicação de “Cancioneiro Guasca” (1910), “Contos Gauchescos” (1912), “Lendas
do Sul” (1913) e “Casos do Romualdo” (1914). Simões ainda escreveu uma prosa em
forma de folhetim, chamada de “A Manndinga”, onde utilizava o pseudônimo de
“Serafim Bemol” em parceria com Sátiro
Clemente e D. Salustiano. Alguns destes trabalhos chegaram a ser
representados por amadorismo em Pelotas, em 1916, porém um tempo depois caíram no esquecimento por 74 anos.
As obras inéditas do escritor são: Terra
Gaúcha, Peona
e Dona, Jango Jorge, Prata do Taió e Palavras
Viajantes. Porém destas obras, só foi encontrado Dona Velha, a que se refere à
viúva de João Simões, e o segundo volume de Terra Gaúcha.
Hoje existe o Instituto João Simões Lopes Neto em Pelotas, onde são
realizadas palestras; oficinas de poesia, narrativas, desenho animado;
seminários de diversos assuntos relacionados a literaturas; entre outros
projetos, para a conservação da história deste artista que marcou o RS.
Bruna da S. Domingues
Departamento Jovem 25ª RT
bruninhadominguesqi@gmail.com






Nenhum comentário:
Postar um comentário