"Eu vi corpos de tropas mais numerosas,
batalhas mais disputadas, mas nunca vi, em nenhuma parte, homens mais valentes,
nem cavalheiros mais brilhantes que os da bela Cavalaria Rio –Grandense, em
cujas fileiras aprendi a desprezar o perigo e combater dignamente pela causa
sagrada das nações.
Bento
Gonçalves da Silva
Houve na Revolução Farroupilha, um bravo lanceiro, chamado de
Joaquim Teixeira Nunes, mais conhecido por Coronel Teixeira Nunes ou “Gavião”.
Nascido em Camaquã, 1802, comandou seu célebre corpo de Lanceiros Negros e
brilhou em diversas batalhas, sendo então classificado por Assis Brasil como “O
maior herói da Revolução” e pelo General Tasso Fragoso como “A maior lança
farrapa”.
Prestou serviços militares na Guerra da Cisplatina, 1825-1828,
como alferes de um regime da Cavalaria das Missões. Na batalha de Passo do
Rosário em 27 de fevereiro de 1827, onde foi contra a incursão profunda inimiga
que penetrou até rio Camaquã a partir do rio Jaguarão. Na Revolução
Farroupilha, sendo um dos mais destacados na história.
Participou ainda do combate de Rio Pardo, 1838, e da expedição a
Laguna em 1839, enquanto Garibaldi, Rosseti e Anita Garibaldi retornavam da
malograda expedição, como líder do primeiro Corpo de Lanceiros Negros,
constituído por escravos libertos.
Teve o principal destaque em Santa Vitória (Bom Jesus), onde
derrotou com a melhor estratégia a divisão paulista ou da serra enviadas para
lutar na Revolução.
Em 28 de novembro de 1844, foi à última reação armada da República
Rio Grandense, impossibilitado de se defender, após seu cavalo ser derrubado
por boleadeiras, foi lanceado pelo alferes Manduca Rodrigues, que lutava pelos
imperiais comandados por Francisco Pedro
Buarque de Abreu, mais conhecido por Chico Pedro ou Moringue. Por fim, degolado
por Eliseu de Freitas. Seus pertences pegos pelos Imperiais, como por exemplo, seu cavalo encilhado, foi vendido ao cabo Mariano e o
relógio, com uma grossa corrente de ouro, ao Capitão Carneiro.


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